Quando estive no Porto em 2012, pareceu-me que aumentou
bastante o número de turistas que visitam a cidade. Pesquisei um pouco e
vi que, nos últimos anos, aumentou o número de passageiros no aeroporto
e no porto do Porto, a oferta de hotéis e o número de visitantes à
cidade e ao Norte. Os ingleses lideram esse ranking, seguidos de
alemães, espanhóis (que têm diminuído a frequência, apesar da
proximidade) e franceses. O Brasil é o sexto país, em número de diárias
em hotéis.
Na práctica, notei um movimento bem maior na cidade, um
número considerável de novos restaurantes, bares e lojas. Gostei muito
dessa nova movimentação, fiquei impressionado com a quantidade de gente
nas ruas, tanto durante o dia quanto à noite. Até 2009, quando lá morava, era bem menor o
número de opções. Fiquei feliz em constatar isso, pois as notícias que
chegam ao Brasil são sempre sobre a crise e pude ver que o Porto
continua alegre, cheio de opções e muito receptivo.
Enfim, digo tudo isto para citar aqui alguns lugares
antes desconhecidos, pelos quais passei e gostei muito, todos ali pela Baixa.
O vinho que leva o nome do Porto é fácil de encontrar por estas bandas, mas faltava uma casa como a Champanheria da Baixa,
até para valorizar os produtos nacionais. Naturalmente, vais encontrar
champagnes (Ruinart, Roederer, etc), bem como cavas, mas esse é um
óptimo sítio para relaxares e provar espumantes portugueses. Foi lá que
conheci o "Terras do Demo", produzido pela Adega Cooperativa de Távora,
na região de Távora-Varosa (entre o Douro e o Dão). Gostei demais,
acompanhado por ostras. Também encontras o 3B, de Filipa Pato, região
vinícola da Bairrada. Os garçons ou o escanção poderão ajudá-lo a
escolher a comida que melhor casa com as bebidas. No meu caso, o que
seria apenas uma "paradinha para conhecer o lugar" transformou-se numa
prova geral de drinques com champas, tapas, comidinhas, espumantes tugas
e jantar (há comida em pequenas porções - comi uma massa). Só não deu
tempo de provar as sangrias e os doces, nesta espécie de tasca com um
ambiente um pouco mais requintado, mas sem excessos. Boa medida, com
preços como devem ser (flutes a partir de 2,5€). Foi inaugurado no início de 2012 e já agora caiu no gosto do
SucaTrips.
De segunda a quinta, está aberta das 12h às 0h30. Sextas e
sábados, das 12h às 2h30. Fica a 200m do metro (Aliados), na esquina
das ruas da Conceição e da Picaria.
Ao me encontrar com a Champanheria, eu estava a caminho do Café Candelabro,
que fica mesmo ao lado e abriu as portas quando saí do Porto -
dezembro/2009. Em conjunto com as bolhas do vizinho, veio dar vida e
informalidade a este recanto da Invicta - o simpático Largo Mompilher. O
Candelabro funciona em uma loja que está na ativa desde o início do
século passado. Já vendeu ração para cavalos. A partir de 1952 deu lugar
a um antiquário que depois tornou-se uma livraria alfarrabista com
espaçosa montra e hoje é café-bar-livraria, com muitos títulos da área
de cinema e fotografia, para consulta ou à venda. Os donos fizeram muito
bem em manter todas as características originais do imóvel, o mosaico
do piso, os vitrais, alguns móveis. A luz relaxante completa o clima.
Bom para um café à tarde, acompanhado por tostas mistas, torradas ou
bolo. Melhor ainda para um portinho simples (baratíssimo) ou uma cerveja
nocturna, a conversar com amigos e escutar boa música (entenda-se isto
por Tom Waits, Velvet Underground, por aí). O preço baixo é outra
característica, mas são poucas as opções, caso a fome venha.
De segunda a sábado, das 13h às 02h.
Lembrei agora que, ali na Rua da Conceição, número 27/29, fica a TimTim por TimTim,
uma loja que pode atraí-lo, caso sejas fã de banda desenhada (revista
em quadrinhos, para os brazucas). São milhares de títulos, álbuns,
revistas novas e antigas, portuguesas e estrangeiras. Tudo sobre o mundo
da BD. Mas essa eu já conhecia, é do tio de um amigo do Porto.
De volta...
Janela do winebar |
Fica no Largo Lóios, 8. Está aberto entre Segunda e Sáb, das 9:00 às 2:00
Nenhum comentário:
Postar um comentário